Paul Arden: Pensando ao contrário! Parte 2 — Experimentando coisas novas, mesmo não gostando (inicialmente)

Arthur Magalhaes Fonseca
4 min readSep 14, 2020
Whatever you think, think the opposite

“Não vemos as coisas como elas são. Nós as vemos como somos” Anais Nin

Terminando os posts sobre Paul Arden, ainda falaremos sobre o segundo livro da série: Tudo o que você pensa, pense ao contrário. Hoje, falaremos sobre dar chance ao novo.

Experimentando coisas novas

Creio que a história que vou contar abaixo pode já ter acontecido com a maioria de vocês, seja num contexto musical, seja num contexto literário, seja num contexto cinematográfico ou até mesmo num contexto de linguagem de programação ou paradigma.

Em um primeiro momento, ao ser apresentado a uma nova coisa achar ela bem tediosa, e muita das vezes não gostar de início, porém, com o passar do tempo, começar a nutrir uma simpatia pela nova.

No meu caso, um exemplo que me lembro bem foi o do terceiro álbum de estúdio da banda The Devil wears Prada, o With Roots Above and Branches Below.

Me lembro que na época não gostei muito da sonoridade dele, achei um pouco mais melódico do que os álbuns anteriores. Porém, com o passar do tempo, acabei mudando de ideia.

O ponto aqui é nos permitirmos mudar um pouco as coisas das formas que as fazemos, experimentando novas perspectivas e dando de fato chance para elas, para explorarmos suas novas abordagens.

Sobre esse tema sempre acompanho o InfoQ, ThoughtWorks e Hype Cycle do Gartner, que em cada ano criam um relatório de novas tendências e inovações para o ano corrente e os vindouros.

Com cada uma das análises em mão, geralmente observo o seguinte:

  • Gartner: 1) O que está no início da fase de Innovation Trigger? 2) O que está entrando na fase de Trough of Desillution?
  • IngoQ: 1) O que está em Late Majority que eu ainda não sei? O que está na fase de Innovators e Early Majority?
  • ThoughtWorks: 1) O que está nas fases de Adopt que eu ainda não sei?, 2) O que está na fase de Trial? 3) O que está na fase Assess? 4) O que está na fase Hold?

Uma vez analisando cada um desses pontos, posso olhar para o que está sendo feito em Innovation Trigger, Innovators, Early Majority, Asses e Trial, e mensurar riscos de aprender uma coisa nova, analisando vantagens de aprender a nova abordagem e as bases que eu já possuo que podem me ajudar alavancar o conhecimento.

No caso do desafio da FIAP com Corda Blockchain esse tipo de pensamento acabou me ajudando, pois sabendo-se Gradle, Kotlin e Springboot eu tinha basicamente a base necessária para arriscar algo com Corda.

Claro que no caso de algo novo, é bem interessante o que Paul Arden diz:

Se um trabalho é estimulante e novo, não se pode esperar gostar dele imediatamente, porque não há nada com o que compará-lo.

O esforço para assimilar coisas que não se entende as torna ainda mais valiosas quando as compreendemos.

Sendo assim, me permiti quebrar um pouco a cabeça para tentar abstrair um novo conceito, seja para criar o projeto, seja para implementar. Acabei saindo com esse repositório, que iremos discutir nos próximos posts.

A dica nesse caso é sempre se permitir experimentar coisas novas, fazer testes. Não ficar preso a sua zona de conforto e leque de fatores conhecidos.

Conclusão

Com isso termino a série sobre os livros de Paul Arden e sua relação com as áreas de liderança em que atuo.

Nos próximos posts falaremos sobre Corda Blockchain e REST API.

Dentre os pontos que iremos conversar estarão:

  • Gradle;
  • Kotlin;
  • Springboot;
  • Lint;
  • SonarQube;
  • Open API 3;
  • Mapstruct;
  • PITest;
  • Análise de vulnerabilidades;
  • e mais

Até lá

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